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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Filme - Lua de Mel e Amendoim

Uma comédia em dois episódios que mostram o estilo de ser do carioca e do paulista. No episódio "Lua de Mel e Amendoim', um rapaz de tradicional família paulista e uma moça, filha de industriais italianos estão à beira do casamento e da lua de mel. No segundo episódio, "Berenice", um jovem vive na boa vida às custas da mesada do pai em Copacabana, mas tudo muda na sua vida ao conhecer uma jovem chamada Berenice.


  • Rossana Ghessa - Martinha
  • Newton Prado - Alberto
  • Carlo Mossy - Serginho
  • Renata Sorrah - Berenice
  • Otelo Zeloni - Rodolfo
  • Consuelo Leandro
  • Darlene Glória
  • José Lewgoy
  • Marlene França
  • Ângelo Antonio
  • Vera Gimenez
  • Felipe Carone
  • Gilda Medeiros
  • Ruthinéa de Moraes
  • Jairo Arco e Flexa
  • Clodovil
  • Marina Freire
  • Lenoir Bittencourt
  • Beatriz Lyra
  • Suely Fernandes
  • Homem de Melo
  • Fernando de Barros
  • Filme - O Gosto do Pecado

    O Gosto do Pecado
    Direção: Cláudio Cunha
    Assistência de direção, co-argumento, co-roteiro: Inácio Araújo
    Brasil, 1980
    Por Adilson Marcelino
    Em O Gosto do Pecado, Jardel Mello é um crápula. Daqueles machões que não aceitam que suas presas escapem de suas mãos. Quando seu filho, uma criança, pergunta se ele não vai voltar mais para casa, ficamos sabendo que está recém-separado. Ele desconversa com o filho, mas para nós, o público, toma a narração condutora e é taxativo: certo dia olhei para ela (a esposa) e vi que ela não me interessava mais. Logo depois assistimos a separação de fato diante do juiz e ficamos sabendo que a mulher é Maria Lucia Dhal.
    O amigo, John Herbert, logo leva Julio Garcia – Jardel – para se esbaldar nos inferninhos da noite paulistana, mas logo ele vai perceber que não sabe o que fazer com a liberdade adquirida e, a partir daí, fará de tudo para que a esposa o aceite de volta. Não necessariamente para casamento, mas para namoro com pinta de amante.


    Maria Lucia se debate, resiste e não resiste, mas quando ele vê que está mesmo perdendo terreno, encanta-se pela secretária. Nada menos que a bela Simone Carvalho, que em cena digna de Marilyn Monroe em O Pecado Mora ao Lado, desperta-lhe a libido e as garras de macho dono do pedaço. Só que a moça tem um noivo, o possessivo Fábio Villalonga, e daí se instaura um triângulo amoroso às claras, cheio de permissividade e interesses.
    Essa descrição dos personagens poderia denotar seres repulsivos e sem nenhum real interesse além do escárnio. Só que não é nada disso. Em parte pelo talento dos atores – Jardel Mello, Simone Carvalho, Maria Lucia Dhal, John Herbert, Fábio Villalonga e Alba Valéria -, e também em boa parte pela direção de Claudio Cunha, que tem Inácio Araújo como assistente, e a fotografia elegante do mestre Carlos Reichenbach.
    O Gosto do Pecado, que tem roteiro de Cunha, Araújo e Jean Garret, aponta sua lâmina com precisão para a diferença de classes e o quanto o poder manda e desmanda nessa seara. Enquanto Mello, Herbert e Dhal estão do lado de quem tem posses, Simone e Villalonga sacodem no ônibus lotado em direção à periferia onde moram.
    Há ainda nesse mundinho de secretárias e patrões a figura de Alba Valéria – luminosa presença -, amante marginalizada de Mello, que se contorce na cama diante do gozo precoce do garanhão, que por sua vez não dá o braço a torcer e promove uma verdadeira curra na moça com a mão. A mesma atitude sádica ele terá com a prostituta interpretada por Ana Maria Kreisler, que ele sodomizará durante um programa.
    O Gosto do Pecado esbanja solidão embebida em cinismo, mas nunca em ares blasé. O que há ali é uma verdade incômoda em personagens absolutamente e indesejadamente críveis. Tudo ao som de trilha sonora deliciosa de Jairo Ferreira, com direito a Je t´aime moi non plus e outras pérolas mais.


    segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

    Perfume de Gardênia

    “Prólogo: à todas as mulheres-madalena. De Madalena, só tinha o nome. Não chorava, mal sorria, não sofria, não era santa, nunca passou fome. Às vezes, não usava pintura alguma e noutras, seus lábios eram de um carmim inconfundível. No corpo apagado trazia um vestido de chita tão sem graça, que era quase impossível diagnosticar de onde vinha aquele fogaréu dos olhos cinzas. Acordava de camisola, ficava assim a tarde inteira, olhando pro teto, caçando letrinhas. Depois organizava tudo na ‘cachola’. Quando resolvia levantar, era pra comer um miojo e depois contar, toda lamentosa, que só comeu miojo. Seu apartamento parecia um museu: vitrolas, radiolas, vinis, máquina de escrever. Elvis, Marilyn, Janis, James Dean, todos juntos e envidraçados no longo corredor. Tinha 160 anos, mas parecia 22. Madalena queria era ser professora só pra poder usar óculos como se fosse enfeite, como se fosse adjetivo. Mas, de repente, lembrou que era viciada em palavrão e pornografia. E pôxa, também era viciada em palavrinhas, neologismos e os timbres que saía falando a esmo, tão acima dos reles mortais, tão despretenciosamente acima da vãs inquietações humanas. Falava bem português, mas falava inglês sem saber verbos irregulares. Falava sobre política e futebol como se o presente fosse passado e vice-versa. Madalena achava que o tempo não passava. Aí anotava tudo em papeizinhos miúdos, em letras criptográficas. Anotava sentenças herméticas nos espelhos de casa, com batom rosa da Mac. E não tinha pressa. Nunca. Quando chovia, andava devagar e chegava em casa ensopada. Madalena nunca pintava o cabelo. Tinha medo de ser loira demais, ruiva demais, castanha demais. Era morena, por convicção. Telefonava para o broto, estendida no chão frio. E dizia que trocaria de vida com o rapaz. ‘A vida seria mais fácil com um pinto no meio das coxas, né?’. Porque queria andar sozinha na rua de madrugada, porque queria arrancar a blusa quando seu time fizesse um gol, porque queria comer todas-as-menininhas-e-não-sair-falada, porque queria fazer xixi em pé. ‘Pô, seria demais!!’. Madalena era sinestésica. Ia pra varanda, fumava um maço de cigarro e pensava em coisas brancas, pretas, azuis, vermelhas, amarelas. Sua vó era rosa com marrom. Sua mãe era lilás e o homem que mais amou na vida era azul com preto. Aliás, feio. Madalena achava muito bonito um homem muito feio. Sean Penn, Benicio Del Toro. Ia ao cinema sozinha esperar um príncipe encantado. Ia pra balada, bebia 3 mojitos, 2 tequilas e dava vexame modelo grande, ria à toa. Estudou Ballet, não tinha vocação e desistiu, mas ainda trazia aquele típico ar blasé. Estudou teatro, até tinha algum talento, mas também desistiu. Remoía as perdas e traições no escuro da sacada, sem contar a ninguém. Amanhecia chorando, anoitecia dançando. Manchava a blusa branca quando expulsava o cheiro de Vanilla. Adorava os filmes de terror e os de zumbi, mas tinha horror a gente morta, histórias de espírito, ladrão em casa e baratas. Tinha dó do mendigo estendido no chão como um cachorro encardido. Aí oferecia uma lata de sardinha ao pobre homem. Madalena se fazia de tonta, de sonsa, de louca, de morta. Perambulava segredosa em todos os mundos, em todas as tribos. Não era unanimidade, nem queria ser. Era toda madura naquela pretensão de quem nada ouve, nada fala, nada vê. Aliás, crer sem ver. Adorava o impossível e aquele cara que andava sob as águas, transformava água em vinho, multiplicava pães e peixes. E detestava as coisas ridiculamente possíveis, na palma da sua mão. Sobre isso, comia uma fruta verde e não jantava, desejando infinitamente um Petit Gateu. Estranha era a vida sem Petit Gateu de graça nas praças, nas lanchonetes. Estranha era Madalena, pois. Não sabia o que seria daqui a 10, 15 anos. Não gostava de não ter patrimônio, nem legado, nem segurança. Madalena começava a sentir o peso daquela sociedade enredada nos costumes patriarcais, de que a esta altura, ela já devida ter tudo: Uma casa, um marido, um filho, um carro e um cachorro chamado Totó. Achou que o tempo se encarregaria de mandar essas coisas triviais. Talvez não fossem assim tão triviais como julgou. Agora já tinha quase 30 e não tinha nada além de olheiras.”

    sábado, 4 de fevereiro de 2012

    Vera Gimenez

    Vera Regina Oliveira Gimenez, é atriz e nasceu no dia 14 de setembro em São Paulo. Mãe da apresentadora Luciana Gimenez, foi casada com o ator Jece Valadão com quem teve o também ator, Marco Antônio Gimenez. Antes de ser atriz, Vera foi modelo fotográfica e de passarela. Fazendo propagandas, foi 'descoberta' e convidada para atuar. Sua carreira na televisão iniciou na Televisão Excelsior, com a no...vela "Os Fantoches". Além de novelas, Vera participou de mais de 20 filmes entre eles, o grande sucesso, "A Filha dos Trapalhões". Dentre seus trabalhos podemos destacar suas participações na novela "Anjo Mau" e no seriado "Donas de Casa Desesperadas".

    Lúcia Verissímo

    Nascida no Leblon, filha de uma modelo, a atriz chegou a entrar na faculdade, mas abandonou em nome da carreira de atriz — mais de 20 trabalhos em televisão, incluindo novelas, especiais e seriados. Sua beleza também lhe valeu a capa da edição brasileira da revista Playboy em 1983 e 1988.[1]